Lufthansa avança com novos cortes

O grupo aéreo Lufthansa anunciou que vai eliminar mais empregos e reduzir em 150 aviões a dimensão da sua frota porque a recuperação “tem sido mais lenta do que esperado”, após a paralisação causada pela pandemia. A Lufthansa indicou que quer reduzir a sua frota, que tem um total de 763 aviões, em 150 aparelhos até 2025, quando até agora previa prescindir de 100 aviões. A companhia, que perde atualmente cerca de 500 milhões de euros por mês, considerou que a redução da sua frota vai levar a “um aumento” dos postos de trabalho “excedentários”, depois de já ter anunciado que pretendia eliminar 22 mil empregos. No quarto trimestre, o grupo Lufthansa, que detém a Swiss, Austrian Airlines e a Brussels Airlines, espera agora que a oferta represente entre 20% e 30% do nível que tinha na mesma altura do ano passado, quando inicialmente apontava para 50%.

Ryanair reduz capacidade dos aviões em mais 20% em Outubro

A Ryanair anunciou uma redução adicional de 20% na capacidade para Outubro, além da redução de 20% já anunciada em Agosto, devido ao impacto das “contínuas mudanças nas políticas e restrições de viagens” na União Europeia.  A Ryanair espera, assim, que a capacidade de Outubro caia de 50% para cerca de 40%, em comparação com os níveis de outubro de 2019. No entanto, a transportadora aérea espera manter uma taxa de ocupação superior a 70%. Mais de 20 organizações europeias dos setores do turismo e aviação pediram hoje à Comissão Europeia que ponha fim à “situação caótica” das restrições de viagens devido à covid-19 e estabeleça um Protocolo de Testes para a UE.

Pandemia atira preços da hotelaria para mínimos

Apesar da recuperação já sentida no mês de Julho, o preço médio praticado pela hotelaria derrapou quase 17% este ano, contribuindo para a queda dos proveitos totais para mínimos históricos. A atividade turística recuperou em Julho, mês em que os estabelecimentos hoteleiros receberam um milhão de hóspedes, responsáveis por 2,6 milhões de dormidas.

Turismo interno continua a sustentar retoma da atividade turística

O turismo interno continuou em Julho a sustentar a recuperação da atividade turística em Portugal, com as quebras homólogas de hóspedes e dormidas a abrandarem para -64,0% e -68,1%, respetivamente, divulgou hoje o INE. Os proveitos totais do setor diminuíram 70,5% (-88,6% em junho) face a julho de 2019, fixando-se em 157,9 milhões de euros. Já os proveitos de aposento atingiram 123,7 milhões de euros, diminuindo 70,5% (-88,2% no mês anterior). Em Julho, as dormidas na hotelaria (75,9% do total) diminuíram 70,4%, enquanto nos estabelecimentos de alojamento local (peso de 16,0% do total) decresceram 65,5% e no turismo rural e de habitação (quota de 8,1%) recuaram 22,7%. As dormidas dos mercados externos diminuíram 84,5% (-96,7% no mês anterior) e atingiram 889,2 mil.

Quebra do turismo poderá afetar economia britânica em 25 mil milhões de euros

As previsões iniciais do impacto do turismo no Reino Unido sugerem que as perdas no setor poderão ascender os 22 mil milhões de libras (cerca de 24,5 mil milhões de euros) deixando em risco cerca de três milhões de empregos no setor. Os dados surgem num relatório do Conselho. O relatório de impacto económico de 2020 do WTTC estima que a indústria de viagens e turismo é responsável por quase quatro milhões de empregos, ou seja, 11% da força de trabalho total do país, e gera quase 200 mil milhões de libras (cerca de 222 mil milhões de euros) anualmente, ou seja, 9% da economia do Reino Unido.

Ryanair adiciona 14 voos semanais do Reino Unido para Faro

A companhia aérea acrescenta que lançou uma promoção de lugares com tarifas a partir de apenas 19,99. A Ryanair vai reforçar as ligações semanais entre o Reino Unido e Portugal, de 11 de setembro a 24 de outubro, com mais 14 voos para Faro, no Algarve. A Ryanair decidiu, assim, reforçar as ligações aéreas entre os dois países, “introduzindo 14 voos adicionais para Faro desde 12 aeroportos do Reino Unido. Portugal juntou-se assim a um grupo reduzido de países que foram adicionados à lista de “corredores de viagem” com o Reino Unido desde meados de Julho, que incluem a Estónia, Letónia, Eslováquia, Eslovénia, o arquipélago de São Vicente e Granadinas, Brunei e Malásia.

Ryanair prevê “cortes selvagens” na operação em Portugal

A Ryanair disse que há “uma perspetiva real de cortes selvagens em Portugal” na temporada de Inverno em termos de capacidade e aviões, devido à pandemia de Covid-19. A Ryanair, que até agora tinha previsto voltar a 70% da sua capacidade em Setembro, explica em comunicado ter de reduzir os voos previstos, nomeadamente para França e para Espanha, dois países incluídos na quarentena imposta pelo Governo britânico. Ryanair regularizou declarações à Segurança Social, assumindo que na transição para o sistema português, “as deduções foram feitas nas folhas de salário, houve um erro administrativo em Maio e os pagamentos não foram transferidos para a Segurança Social”.

Exportações de viagens e turismo recuam 79% em Junho

As exportações de bens e serviços encolheram 25,9% em Junho face ao mesmo mês do ano passado, destacando-se a redução de 79% nas exportações de viagens e turismo. O sector do turismo tem sido um dos mais penalizados pela pandemia de covid-19 e os números expressam com clareza o impacto na economia portuguesa, onde tem grande peso na atividade económica e nas exportações. Mais ainda, o sector tarda em sentir uma retoma da atividade. Já as importações de bens e serviços recuaram 23,4% em junho em termos homólogos, com a quebra a sentir-se também de forma marcada nas importações de viagens e turismo (menos 57,4%).

25 milhões de empregos na aviação podem estar em risco

Em concreto, a contribuir para este cenário de “recuperação mais pessimista” está relacionado com a “redução das viagens realizadas pelas companhias aéreas”, com a “fraca confiança dos consumidores” e ainda com a “lenta contenção do vírus nos Estados Unidos e nas economias em desenvolvimento”, como a China. Devido a estes factores, a previsão revista da IATA é de que os planos globais [de tráfego] caiam 55% em 2020 em comparação com 2019″, enquanto a previsão de Abril passado era de um declínio de 46%, recorda a associação internacional.

Associação Internacional de Transporte Aéreo só prevê recuperação do tráfego em 2024

A IATA piorou as previsões sobre recuperação do tráfego aéreo, prevendo agora que só se atinjam em 2024 os níveis anteriores à covid-19, devido a uma “recuperação mais lenta do que esperado”. Isto porque, de acordo com a associação que representa 209 companhias aéreas a nível mundial e 82% do transporte global, “o tráfego de passageiros de Junho de 2020 revelou recuperação mais lenta do que era esperado. A IATA afirma, também, esperar que “a recuperação em viagens de curta distância continue a ser mais rápida do que em viagens de longa distância”.